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domingo, 7 de junho de 2009

ANÁLISE DAS OBRAS DA UNIMONTES 2/2009

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Uma análise sobre as Obras Literárias da UNIMONTES*
Olá, pessoal! Após ter abordado na semana passada uma visão mais crítica a respeito do novo vestibular (Novo Enem), volto a abordar aquilo que, até então, é alvo da UNIMONTES. Vamos aprender mais sobre a nossa Língua Portuguesa, mas, desta vez, no que diz respeito às Obras Literárias do processo seletivo que ocorrerá no próximo dia 07. Vamos lá?
Primeiramente, vamos ver quais são as obras pedidas pela UNIMONTES: Menino de engenho. José Lins do Rego; “Campo Geral”. (In: Manuelzão e Miguilim). Guimarães Rosa; Infância. Graciliano Ramos; Boitempo I. Carlos Drummond de Andrade; e O Menino no Espelho. Fernando Sabino.
Agora, vejamos os pontos mais significantes que vocês, amigos pré-vestibulandos, precisarão verificar dentro das análises das obras:
· As consequências deterministas sofridas pelo protagonista de Menino de Engenho que, aos 4 anos de idade, viu a sua mãe sendo assassinada pelo marido;
· O valor da infância em todas as obras e as lembranças, ora vagas, ora nítidas, de um homem adulto que tenta resgatar na memória a inocência de sua infância;
· O sentimento de amadurecimento que os personagens de todas as obras vão apresentando ao longo da narrativa;
· O aspecto crítico encontrado nas obras a respeito do regionalismo e a abordagem da seca e da miséria dos povos sertanejos, em especial nos livros: Infância, Menino de Engenho e Campo Geral;
· O caráter de universalidade, presente em todas as obras, mas, em especial, em Campo Geral e Boitempo, que trazem a abordagem de conflitos humanos passíveis de serem vividos em quaisquer lugares do mundo, em uma atemporalidade incrível;
· A questão da cegueira (traduzida como problemas de vista), existente nas obras Infância e Campo Geral, e que remete à perda da inocência, a partir do momento em que a criança deixa esta condição para assumir a responsabilidade de ser um homem;
· A contraditória importância da figura materna, que lembra aconchego, carinho, proteção, em relação à presença de figuras femininas sujeitadas a um espaço totalmente patriarcalista;
· A simbólica e perfeita tradução do espelho, na obra O Menino no espelho, em que se contrapõem o menino e o homem, como seres ora distintos (considerando a distância temporal que os separa) e o difícil encontro consigo mesmo; ora idênticos e inseparáveis, estando um dentro do outro, formando um só ser;
· E a reinvenção das memórias da infância através dos poemas de Boitempo, as quais remetem ao mise-en-abime (um aprofundar-se em abismo) vivido pelo eu-lírico que, ao tentar voltar na sua infância, perde-se, aprofunda-se, em um jogo de idas e vindas, tentando quebrar as barreiras do tempo. É isso aí, pessoal! Até a próxima...
*Matéria publicana no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, em 29/05/2009.
JULIANA BARRETO – Profª de Língua Portuguesa

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